num tempo de silêncio entre pontos de palavras
a pausa exata era a razão do nosso encontro
passei veloz
quebrei as barreiras
apaguei as fronteiras
e desviei o curso de muitos rios pra poder te encontrar
ficar frente a frente
pedras monolíticas
incólumes
diante da tempestade de olhares agudos de terror
ao perceberem que o amor sempre esteve ali em segredo
e agora batucava, cantava, rodopiava
seguro do equilíbrio
dançando entre as pernas esticadas sedentas pelo tropeço
mestre-sala
capoeira
cantor de cabaret
brilho barato
purpurina
gota d'agua na retina
era tudo isso
cauby cantando pela última vez
o cantor e a voz
apenas
essa comunhão
cigarra esperando a morte
grita amor, grita mais forte
eu sei que não vamos parar
sou a bala do revólver da mulher apaixonada que deseja morar no seu coração
grita amor, grita
sol morrendo deixa mais bonito o morro dois irmãos
grita amor, canta
desafina pra eu aplaudir
vamos existir pro mundo
ser lembrança quando tudo acabar
a maré encher
o rio inundar
a cidade escorrer
a terra tremer
a bomba explodir
e a barata sobrar
domingo, 11 de abril de 2010
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