domingo, 11 de abril de 2010

tango

me livre da sua cobrança
das suas armas
tiro, facada, lança

estou entre a onda e a espuma

não vê que sou leve
frágil?
que morro fácil?

morro em ti desde já
não puxe o gatilho pois a bala volta
meu amor
volta sem você suspeitar

morro aqui
pare de me procurar

aproveite
o corpo ferido
o peito aberto
beba o sangue escorrido

arranque meu couro
faça bandeira
pegue os restos
acenda fogueira
e ilumine suas noites sem luar

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